Desde o início da pandemia, com a necessidade de estabelecer o isolamento social para evitar a propagação do coronavírus, a modalidade de ensino, no Brasil e no mundo, teve de ser repensada.
Dessa forma, necessitou-se ampliar o acesso à educação a distância, a qual era usada, principalmente, no ensino superior e técnico. Fomos orientados a planejarmos remotamente as APNPs, no início foi muito difícil, pois estávamos reaprendendo a trabalhar a distância com alfabetização. Então as famílias eram comunicadas a buscar estas atividades na emef, a equipe dos primeiros anos, decidiram que iriam comunicar com as famílias dos alunos via watsapp, com nossos próprios recursos (telefone, internet, mobiliário etc…) mesmo assim foi complicado por parte de entendimento e das situações de vivencia cada um. Muitas vezes me sentir desestimulada a continuar a caminhada, não sabíamos o que viria pela frente. Mesmo assim ergui a cabeça e continuei por meus filhos, perdi minha mãe em novembro de 2020, com suspeita da covid 19. Sou professora contratada da PMS.
Nossa equipe trabalha em coletivo para adequar as demandas de cada APNPs. As ferramentas e plataformas usadas são: WhatsApp: Utilização para conversas individuais, em grupos ou através de listas de transmissão; Google Hangout Meets: Plataforma de web conferência para até 100 pessoas ao mesmo tempo; Google Forms. A educação é uma arma poderosa. Através dela, um cidadão se torna mais crítico, tem mais oportunidades de emprego e melhoria na sua própria qualidade de vida. A importância de aprender para si mesmo é compartilhar os conhecimentos com os outros.
É tudo muito angustiante você se dar seu melhor e não ter resposta daquilo que é proposto. Aprendi que mesmo um simples bom dia, dado a você é de muita importância, pois estamos longe de todo afeto, abraços, beijos e aperto de mãos.
Professora (Re)aprendiz do Próprio Trabalho na Pandemia: permita-me assim chamá-la! A história que você nos conta indica uma professora que se viu, repentinamente, diante da necessidade de fazer o seu trabalho de outras maneiras, com novos recursos, sem elementos importantes para executá-lo, tal como estar na presença física das pessoas, “longe do afeto”, como você diz. E, ainda, angustiada por não ter a “resposta” diante do esforço de fazer o trabalho acontecer destes outros “desconhecidos” modos. Como dar o próximo passo no trabalho docente sem ter o olhar de alunes que retorna ainda com dúvida, ou com expressão de tipo “entendi!”, ou talvez com o olhar turbulento de quem vai lançar uma pergunta que vai levar você, professora, a dar o próximo passo e, quem sabe, a pensar de um jeito diferente o que vinha pensando?
Professora (Re) Aprendiz, por mais que cada uma de nós estamos em locais diferentes, as angústias e dúvidas são sempre as mesmas. O trabalho no Ensino Fundamental – Anos Iniciais durante a pandemia da Covid-19 não foi e não está sendo fácil, porque sabemos que nossos educandos precisam de nossa presença para conseguir avançar nos conhecimentos e o fato de muitas atividades chegarem até nós, nem sempre é o indicativo que a aprendizagem de fato ocorreu. A educação é um ato coletivo, de corpos, de encontros e afetos.
Oi Sabrina!
Que bom receber teu comentário! Sim, me parece que a pandemia tem colocado essa questão em evidência: trabalhar em educação é mais do que cumprir as tarefas, não é mesmo? Precisamos entender os códigos das alunas e dos alunos que muitas vezes vêm pelo olhar! Se torna difícil “perder” esses sinais e, ao mesmo tempo, isso nos leva a precisar encontrar outros para prosseguir apostando na construção dessa relação tão necessária à aprendizagem!